sábado, 3 de dezembro de 2011


EXEMPLO DE MILÃO


Lisboa – A revista METRO, que circula na grande Lisboa, no seu espaço intitulado "Metrogreen", apresenta matéria muito interessante sobre uma experiência que está sendo tentada em Milão e que, se der certo, poderá espraiar-se por todas as cidades de grande porte.

Trata-se da construção da primeira floresta tropical do mundo, um arranha-céu com árvores em cada andar. O projeto piloto é a nova "Bosco Verticale", com 27 andares, cada um rodeado por uma minifloresta, na verdade, uma grande variedade de árvores e arbustos.

Diz o Stephan Barthel, especialista em serviços de ecossistema urbano no Stockholm Resilience Center, que "paredes vivas e telhados verdes serão construídos por todo o mundo. Temos de levar natureza às cidades. As árvores melhoram a qualidade do ar através da absorção de gases e dióxido de carbono. Diminuirão doenças como a asma, bem como os ruídos e a temperatura. Ao dar frutas, nozes e bagas, ou até plantas medicinais, podem trazer maior segurança alimentar às cidades".

Fazendo o papel do advogado do diabo, Michel Pimbert, do Instituto para o Meio Ambiente e o Desenvolvimento, questiona que "nem todas as árvores e animais podem viver em arranha-céus". De todo modo, a atenção dos arquitetos urbanos se volta fortemente para o "case" milanês.

Muitos concluem que, num vigésimo sétimo andar, as árvores sofrem com o vento, mas que isso não se daria, por exemplo, num quarto andar.

É cada vez maior o número de técnicos que acreditam que as florestas verticais, os jardins e as hortas podem ser o futuro.

Regeneram ambientes que se tornaram vazios de vida e podem curar o abismo entre a cidade e o campo.

A verdade é que mais pessoas vivem nos centros urbanos. E a tentativa do projeto de Milão, que está sendo erigido na zona da Garibaldi Republica, é transformar as selvas de pedras em ambientes saudáveis e agradáveis de viver.

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BORDER LINE

LESTE EUROPEU

Lisboa – Em determinado momento de sua trajetória, a União Européia abriu suas portas para países do Leste Europeu, que saíam de dolorosas ditaduras ditas comunistas. Tecnologicamente atrasados, ambientalmente deteriorados, receberam fortes investimentos em infraestrutura, em educação, saúde, ciência, laboratórios. E, claro, tinham, na contrapartida, de seguir as linhas macroeconômicas da UE. A aventura comunista custou caro a todos, especialmente àqueles que, como a República Tcheca (antiga Tchecoslováquia), jamais foram "orientais". Sempre foram histórica e culturalmente ocidentais. Depois, na readaptação ao Ocidente, novos transtornos e dificuldades. Para a UE, o conjunto dessas adesões foi vantajoso? Sinceramente, penso que não! E só encontro uma explicação para o gesto: exigência dos Estados Unidos, temeroso talvez de ver esses países, se à deriva, orbitando em torno de quaisquer tendências político-militares que não fossem afins com sua política exterior. Dessa leva do Leste, há quem esteja enfrentando bem a atual e precária conjuntura: a Polônia, por exemplo, com inflação baixa, ao contrário da brasileira, que já beira os 7%, crescerá, neste ano, pouco acima de 4%, diferentemente do Brasil, que se dará por feliz se atingir 3%.



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