sábado, 29 de outubro de 2011

COLUNA DO ARTHUR NETO


MUITO A FAZER
Importa-me o Amazonas e não a guerra de egos com quem quer que seja.
Não deixa de ser uma boa notícia a presidente Dilma Rousseff ter reafirmado seu compromisso com a prorrogação da Zona Franca por mais 50 anos, ou seja, até 2073. E, também, de haver comprado a ideia de estender aos municípios da Região Metropolitana de Manaus os benefícios fiscais do PIM.
A rigor, ela não precisa mandar PEC nenhuma para o Congresso, a menos que considere, sem grandeza, que ideia de adversário não deve ser aproveitada nunca. Tenho três PECs no mesmo rumo: uma, que prorroga o modelo por 10 anos (até 2033), já aprovada no Senado e em tramitação na Câmara dos Deputados; outra, tramitando no Senado, que prorroga a ZFM por 50 anos e uma terceira que leva os incentivos de Manaus também para todos os municípios da Região Metropolitana.
Por mim, porém, se ela se dispuser a trabalhar em regime de urgência urgentíssima, abro mão da paternidade. Importa-me o Amazonas e não a guerra de egos com quem quer que seja.
Advirto apenas que a prorrogação pura e simples é uma ilusão. É necessária e inadiável, porém não resolverá o problema de uma ZFM que está em trajetória claramente descendente, se olharmos o médio e o longo termos.
Continuo amanhã. 

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

ENQUANTO SÃO PAULO CRIA CASO COM O DESENVOLVIMENTO DA AMAZÔNIA, GABÃO CRIA A MAIOR ZONA FRANCA DA ÁFRICA


Gabão, país africano desde 1960, criou no dia 09 de setembro passado a maior Zona Franca da África Ocidental e da África Central, passando para trás as pretensões de São Tome e Príncipe que há 10 anos planejava instalar esse mecanismo em seu território.

A República do Gabão assinou acordo com uma multinacional da Singapura designada Olam International Limited, líder mundial de distribuição e aprovisionamento de produtos agrícolas, fazendo uma concessão de 1.126 hectares de terras, para criação da maior zona off shore da região africana.

Indústrias de transformação da madeira vão dominar grande parte da Zona Franca. O investimento inicial para sua construção está avaliado em 200 milhões de dólares, estimando-se a atração de investimentos estrangeiros diretos da ordem de US$ 1 bilhão por ano, o equivalente a quase metade do orçamento geral do Estado gabonês

O empreendimento faz parte da política estratégica definida pelo Presidente Ali Bongo, de transformar o Gabão num país emergente, através da industrialização da sua economia.
Site: www.telanon.info / Abel Alves / 12 Setembro 2011






quinta-feira, 27 de outubro de 2011

NOVO ATAQUE PAULISTANO AO MODELO ZONA FRANCA


O respeitável Jornal Estado de S. Paulo, em sua página de Opinião, com o Editorial UMA ZONA RISONHA E FRANCA, deixa-se levar pelo paulistanocentrismo e nos ataca com um título debochado e despreocupado em aprofundar estudos sobre os resultados, as dificuldades e os óbices que o modelo Zona Franca sofreu ao longo de sua existência, inclusive por “sabotagens políticas” dos paulistanos e outras plagas do Sul Maravilha.

O Editorial foca superficialmente pontos importantes, em especial aspectos de gestão, sem abordar, contudo, outros que são muito mais graves, como a falta de compromisso do empresariado, que para cá veio, com os problemas sociais do Estado, com justificativas nada convincente que geram emprego e “pagam impostos”. 

Nenhum atleta do desporto amador recebe um patrocínio para o seu aperfeiçoamento. Nenhuma peça teatral tem apoio dessas empresas.

O título é um deboche ao modelo e aos amazônidas, que ainda não conseguiram usufruir dos benefícios que deveriam ser gerados  pela Zona Franca de Manaus, com a criação no interior da Amazônia de "um centro industrial, comercial e agropecuário dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento".

Os centros industriais e agropecuários eram o fim último do modelo. O centro comercial era o meio preliminar desse processo.

Por pressões externas, o comércio da Zona Franca foi liquidado.

A indústria não passa de um departamento de produção, cujas operações e fases estratégicas são realizadas fora de Manaus, onde não se localiza nenhum departamento comercial, de marketing, de design ou ferramentaria.

O tal centro agropecuário, desentusiasticamente tentado pela SUFRAMA, em poucos momentos, nunca saiu do papel.

Erros e distorções muito maiores a indústria paulista cometeu ao longo do seu processo de desenvolvimento, inclusive à custa de impostos gerados aqui no Amazonas, e nem por isso, nós, os amazônidas, a combatemos.

Acontece que a elite paulista não consegue ver o Brasil como o seu País. 

O seu país é São Paulo.

Segue o Editorial!


UMA ZONA RISONHA E FRANCA

A Zona Franca de Manaus poderá funcionar por mais meio século, se o Congresso aprovar a proposta de emenda à Constituição recém-assinada pela presidente Dilma Rousseff. Além disso, a área beneficiada por incentivos fiscais será ampliada para cobrir toda a região metropolitana em torno da capital amazonense. A presidente anunciou os dois "presentes" - a palavra é dela - aos manauaras durante a inauguração da ponte sobre o Rio Negro. Com essa decisão, o governo renega mais uma vez, na prática, sua promessa de formular e de pôr em execução uma política industrial voltada para o aumento da competitividade e da criação de empregos. As medidas anteriores passam longe de qualquer estratégia de modernização e de aumento de produtividade. Sua maior ousadia é um protecionismo indisfarçável e simplório.

Não há uma única justificativa razoável para a concessão de mais 50 anos de existência à Zona Franca de Manaus nem para a sua ampliação geográfica. A Zona Franca foi criada em 1967 para dar um primeiro impulso à industrialização da Amazônia. Sua extinção foi prevista para 1997, mas bem antes disso, em 1986, o presidente José Sarney providenciou a primeira prorrogação, desta vez até 2007.

O prazo foi esticado mais duas vezes, até 2013 e depois até 2023. A última extensão foi uma gentileza do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Há muito a concessão de benefícios a empresas da Zona Franca deixou de ter qualquer relação com genuína política de desenvolvimento regional. Tudo se resume em distribuição de favores e manutenção de privilégios, com resultados negativos para a economia nacional.

Em geral, a criação de zonas francas é compatível com estratégias de desenvolvimento quando sua produção é destinada ao mercado exterior. Nessas condições, a concessão de benefícios fiscais favorece a industrialização regional, a criação de empregos e o fortalecimento das contas externas. Não tem sentido fazer da zona favorecida um mero polo de atração de investimentos, sem levar em conta as condições de competição das indústrias instaladas em outras áreas.

A história da Zona Franca de Manaus é uma crônica de distorções. Lá se instalaram muitas fábricas de eletroeletrônicos domésticos, atraídas por incentivos fiscais, terrenos baratos e serviços de utilidade pública a custos muito baixos. Essas indústrias são as mais conhecidas, mas o polo reúne também outros tipos de indústrias. Os formuladores da política, deixaram de lado os objetivos de comércio exterior. As empresas puderam desfrutar de facilidades para comprar insumos estrangeiros, mas não tiveram de se empenhar na exportação. Ao contrário, puderam dedicar-se tranquilamente ao abastecimento do mercado interno, concorrendo em condições privilegiadas com quem ousasse se instalar no resto do País.

A balança comercial do Estado do Amazonas mostra um dos efeitos dessa política incompleta. O saldo negativo passou de US$ 3,15 bilhões em 2000 para US$ 9,94 bilhões no ano passado. Neste ano já chegou a US$ 9,18 bilhões até setembro.

A Zona Franca de Manaus é, portanto, importadora líquida. Se operasse como as zonas desse tipo instaladas em outros países, seu balanço seria positivo, porque o insumo importado livre de imposto ou com imposto reduzido seria uma de suas várias vantagens competitivas.

Diante da perspectiva de nova prorrogação do prazo da Zona Franca de Manaus, empresários de outras partes do País cobram compensações. O presidente da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), Humberto Barbato, já anunciou a intenção de pedir uma renovação da Lei de Informática, com extinção prevista para 2019. Sem isso, argumentou, as empresas do setor serão forçadas a transferir-se para Manaus.

Mas isso não é solução. Incentivos promovem o desenvolvimento quanto têm prazo para acabar. Sem isso, o estímulo para investir, para inovar e para ganhar competitividade tende a diluir-se. Estratégias de desenvolvimento podem transformar-se facilmente em políticas cartoriais de distribuição de favores e privilégios. Isso é bem conhecido no Brasil. Mas a presidente Dilma Rousseff parece gostar desse tipo de política.

O ESTADO DE S.PAULO/OPIIÃO/26 DE OUTUBRO DE 2011 | 3H 06

terça-feira, 25 de outubro de 2011

PAUDERNEY AVELINO (DEM-AM) PEDE ANULAÇÃO DA VENDA DO PANAMERICANO

O deputado Pauderney Avelino (DEM-AM, na foto) entrou com uma ação civil pública na Justiça Federal propondo a anulação da compra do banco PanAmericano pela Caixa Econômica Federal, selada em 2009.


No ano passado foi revelado um rombo no banco do empresário Silvio Santos primeiramente calculado em R$ 2,5 bilhões e depois estimado em R$ 4,3 bilhões.Suspeitas de desvio de dinheiro por parte da antiga diretoria e de omissão da Caixa na verificação da situação do banco são investigadas em um inquérito da Polícia Federal.
Deputado Federal Pauderney Avelino - DEM/AM

Nesta semana, o Painel da Folha trouxe novas revelações do inquérito, como a de que o ex-ministro Luiz Gushiken prestou consultoria ao PanAmericano e que havia "doações ocultas"  a políticos de vários partidos por parte da instituição.

Pauderney moveu a ação depois de presidir uma subcomissão da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara.

Ele fez reuniões com as diretorias do Banco Central e da Caixa para investir o porquê de as duas instituições terem dado aval à venda do PanAmericano mesmo diante de evidências de rombos nos balanços.

"Percebe-se que houve não apenas omissão, mas uma deliberação para apressar o negócio, com pressão inclusive do governo Lula", diz o deputado do DEM.

Na ação, ele pede que sejam devolvidos ao Tesouro os recursos referentes à compra do banco pela CaixaPar e que os dirigentes do banco federal respondam por malversação de dinheiro público.
BLOGS DA FOLHA/BETO OLIVEIRA/AGÊNCIA CÂMARA/BLOG PRESIDENTE40/VERA MAGALHAES ÀS 10H53

POLICIAMENTO IDEOLÓGICO E CULTURAL

A raça de ideológicos continuam ampliando o seu policiamento sobre a cultura, sobre a arte e agora sobre o processo de criação das publicidades. Vidro escuro agora tem "outra" denominação que ninguém sabe qual.  A continuar nesse ritmo, o "policiamento" chegara até aos dicionários Houais, Buarque, Aulete e outros, para suprimirem os sinônimos das palavras. Será que esses caras não poderiam ser processados por "imaginarem" nos possíveis sinônimos?


Cuidado com a palavra FRESQUINHO no seu tomate! Vão acusá-lo de estar chamando alguém de "bicha".

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

A PONTE SOBRE O RIO NEGRO: PASSO IMPORTANTE NO DESENVOLVIMENTO DO AMAZONAS!

Sem entrar no mérito do seu custo, cujo quilômetro linear saiu por, aproximadamente, R$ 330 milhões, comparados com outra ponte dez vezes maior, construída na China, de R$ 86 milhões o quilômetro linear, portanto 1/4  do custo amazonense, a Ponte sobre o Rio Negro (eu não sei o nome que lhe deram) é marco importante na desenvolvimento do Amazonas, como concluiria qualquer estudante de economia do 2o. Período da nossa Universidade Federal do Amazonas.
Ponte sobre o Rio Negro, em Manaus - NO RIO.
Ponte em Quingdao, na China, com 42 km - NO MAR
Como infraestrutura indispensável e elementar na expansão dos negócios da "metrópole" para a periferia, e vice-versa,  a Ponte, sem sombra de dúvidas, potencializaria em muito os resultados dos últimos 44 anos de desenvolvimento, com a inclusão de milhares de produtores de matérias-primas regionais, que provavelmente seriam industrializadas, caso esse vetor de expansão do comércio, tradicional e convencional ao longo da história da humanidade, tivesse sido construída no início do Projeto Zona Franca de Manaus.

Ainda será motivo de análise de muitos economistas e historiadores. Eu também voltarei ao tema.

Desde já faço uma ressalva. Em pleno século XXI, a manutenção desse investimento requereria  a cobrança de pedágio dos veículos que utilizassem a Ponte, com alguma ressalva e tratamento diferenciado para quem comprovasse residir nos município do interior.

ELLIANA CALMON É APLAUDIDA DE PÉ PELOS SEUS PARES NO COLÉGIO DE PRESIDENTES DE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA.


ELIANA CALMON VOLTA A FALAR DE CORRUPÇÃO NO JUDICIÁRIO
  Ministra Corajosa, Elliana Calmon.
SALVADOR - Garantindo que não retirará uma vírgula do que disse sobre as mazelas do Judiciário, a corregedora do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Eliana Calmon, assinalou com todas as letras nesta segunda-feira, logo após receber a Medalha Dois de Julho outorgada pela prefeitura de Salvador, que "existe corrupção no poder Judiciário, como existe em todos os segmentos da sociedade brasileira".

- E e eu tenho o dever constitucional de combatê-la".

No seu discurso de agradecimento, ela aproveitou um trecho do Hino ao Dois de Julho, tocada na solenidade, que faz referência à vitória do exército popular brasileiro contra as tropas portuguesas na Bahia, em 1823, para comparar o que ocorre hoje no Brasil.

- Estou atenta às minhas responsabilidades, aos meus deveres constitucionais para que um dia eu possa dizer, depois da minha aposentadoria, como nós acabamos de recitar: 'nunca mais o despotismo, regerá a nossa Nação.

Ao ser perguntada se esse "despotismo" era uma referência à corrupção, respondeu:

- A todos os segmentos que atrapalham a realização da Justiça: a lentidão é um problema, a corrupção é outro, a incompreensão dos órgãos públicos com o Judiciário é outro problema, tudo isto é algo que precisa ser removido, é muito trabalho, mas a gente tem que acreditar que pode, pelo menos melhorar.

Outro repórter quis saber se a popularidade obtida por ter dito a frase sobre haver "bandidos escondidos atrás da toga" não poderia fazê-la entrar na política e se candidatar a algum cargo eletivo. Eliana Calmon refutou essa possibilidade.

- Sou apenas magistrada, não tenho nenhum preparo para ser política, não tenho vocação para isso, me preparei a vida inteira para ser unicamente magistrada e atravessei minha vida dentro do Tribunal, do gabinete dando sentença e é realmente isso é o importante para mim. E isso eu consegui a compreensão dos meus magistrados, no momento em que na sexta-feira passada eu fui ao Colégio de Presidentes de Tribunais de Justiça e eles me receberam de pé, aplaudindo. Nesse momento eu vi que sou realmente magistrada, porque aquela homenagem para mim aplacou meu espírito.

Como juíza e corregedora do CNJ, Eliana Calmon fez a promessa de uma pessoa que "jurou a Constituição e as Leis da República", não decepcionar "os brasileiros e os baianos".

OGlobo/Plantão/Agência Tarde/Publicada em 24/10/2011 às 16h30m


PARABÉNS MANAUS!

ARTHUR VIRGÍLIo
DIPLOMATA, FOI LÍDER DO PSDB NO SENADO
23 de Outubro de 2011 às 07:58

Manaus aniversaria otimista, pujante, crescente e alerta. É a cidade irredenta de nossos país e nossos avós, o berço dos manauaras, o ninho de todos nós. Parabéns, minha cidade querida!
Manaus comemora amanhã, segunda-feira, 342 anos de vida. Receba os parabéns, minha cidade querida, do fundo do coração de quem busca presenteá-la com dedicada luta e sincero respeito.

Há muito por fazer. A começar pela valorização do enorme legado que a natureza nos concedeu. Desconheço outra cidade, com esse número de habitantes, banhada pelos maiores rios do mundo, cortada por tantos igarapés, a começar por este quase rio, o Tarumã, tendo como pano de fundo o tesouro chamado Floresta Amazônica.

Não bastasse esse legado, visível a todos que vivem aqui, mesmo a quem não o queira ver, há o passado indígena, com a tradição de bravura indômita conferida por Histórias como a do guerreiro Ajuricaba.

O povo manauara, longe da passividade que lhe tentam atribuir, tantas vezes mudou o roteiro pré-estabelecido e dirigiu o curso do cotidiano para além do convencional.

Foi assim na libertação dos escravos, que começou na cidade e se consolidou no Amazonas inteiro, antes de acontecer em qualquer outro ponto do Brasil. Na produção da borracha, que se tornou o principal produto da pauta de exportação nacional e impulsionou a indústria automobilística internacional, tendo o Roadway como ponto de apoio. E, mais recentemente, saindo do escambo para a tecnologia de ponta da Zona Franca de Manaus, oferecendo as mãos que produzem mais rapidamente uma motocicleta que quaisquer outros povos ou outra gente.

Amanhã, pelo que ouço, a presidente Dilma Rousseff vem entregar “um presente” à cidade. Espera-se algo além da prorrogação dos incentivos fiscais da Zona Franca de Manaus (ZFM) e da extensão dos mesmos para todos os Municípios integrantes ou que venham a integrar a Região Metropolitana.

Manaus, e o Amazonas inteiro, precisam de investimento em infraestrutura e medidas concretas que fortalecem o polo industrial. De que adiantam os incentivos se, na hora da briga pelos tablets, por exemplo, a cidade está sendo preterida por Jundiaí (SP) e Maringá (SC)?

A Presidência da República tem, entre suas prerrogativas, todas as condições para manter os polos de Duas Rodas e Celular distantes da ameaça de fuga desta capital.

Em Manaus é feriado, mas no resto do Brasil não. A presidente pode muito bem entregar seu presente via Diário Oficial da União (DOU) e não apenas em palavras soltas no ar com promessas tantas vezes repetidas e até aqui não cumpridas.

Manaus e o Amazonas deram à presidente, concretamente, a maior votação proporcional do País. Esse povo espera, agora, um presente que signifique retribuição também concreta, direta, definitiva.

O sentimento que impera, acima de qualquer outro, é o de festa. Nem mesmo o anúncio de que ficará nos quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de 2014, o mínimo que qualquer cidade-sede da competição pode receber, empana esse momento.

Manaus aniversaria otimista, pujante, crescente e alerta. É a cidade irredenta de nossos país e nossos avós, o berço dos manauaras, o ninho de todos nós.

Parabéns, minha cidade querida!

NOVO ARIPUANÃ APRESENTA PROJETOS DE REALIZAÇÃO DO "FÓRUM DO MADEIRA" E DO "FESTLENDAS" AO GOVERNO DO ESTADO.


Faltam projetos

O governador Omar Aziz (PSD) anda preocupado com a falta de criatividade dos prefeitos do interior do Estado. Ao mesmo tempo em que reconhece que a infraestrutura para escoar a produção é precária, Aziz também afirma que os prefeitos não encaminham projetos para geração de empregos em suas cidades e se limitam solicitar construção de vicinais e asfaltamento. Diz o governador que quer projetos.

domingo, 23 de outubro de 2011

CAMPEONATO DE CORRUPÇÃO!!!!


JURO, QUE JÁ ESTOU TORCENDO POR UMA NOVA DITADURA MILITAR

BLOG DO CLÁUDIO HUMBERTO


24/10/2011 | 00:00
TCU apura superfaturamento

de R$ 33 milhões

Os pregões eletrônicos no Ministério do Esporte viraram um mistério para o Tribunal de Contas da União. A pasta pagou pelo menos R$ 33 milhões a mais em duas licitações recentes, com sobrepreço de R$ 13 milhões para uma empresa americana e R$ 20 milhões para outra, brasileira. O TCU já abriu cinco processos de investigação contra o ministério somente este ano. Um deles corre em segredo de Justiça.

DIFICULDADE DE ACESSO AO SICONV ENCOBRE A CORRUPÇÃO. SERÁ PROPOSITAL?

JOÃO BOSCO RABELLO


SOB A PROTEÇÃO DE LULA


O leitor pode escolher entre as diversas alegações do governo para entender o recuo da presidente Dilma Rousseff na demissão do ministro dos Esportes, Orlando Silva - desde a alegada falta de provas de seu envolvimento direto nos desvios de verbas públicas até a perseguição pela mídia, passando pela desqualificação do seu denunciante.
Ou ainda pelo papel histórico do PC do B na luta pela redemocratização do País. Ou pela interferência da Fifa na soberania (sic) brasileira ao tratar Orlando Silva como ex-ministro. Ou por todas elas.
Mas a causa é uma só: a ameaça do partido do ministro em agonia de sair da base aliada para declarar guerra ao PT agravando as denúncias contra o governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz, origem do esquema de corrupção no Ministério dos Esportes, ao qual Orlando deu curso.
A presidente sai desgastada do episódio, não só pelo recuo, mas também pela interferência direta do ex-presidente Lula no caso, impondo seu método do "couro duro" para que o ministro resistisse no cargo. Além do poder de tutela exibido sobre a afilhada política, Lula levou o governo a uma inflexão no critério de intolerância com "malfeitos" que fora aplicado aos ministros dos Transportes, da Agricultura e do Turismo.
O que ocorre no Ministério dos Esportes em nada difere do que ocorreu anteriormente nos já citados e que sofreram intervenção do Planalto. Ou seja, o PC do B fez exatamente o mesmo que o PR em relação ao qual pretende ser distinguido virtuosamente: apropriou-se das verbas ministeriais em benefício próprio, via ONGs inidôneas, fazendo-as chegar até mesmo à esposa do ministro.
DF é calcanhar de Aquiles
O governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), reproduziu na campanha eleitoral o mesmo arco de alianças que seu antecessor, deposto e preso, José Roberto Arruda (à época no DEM). Este costumava dizer que ganhara a eleição "por dentro", ou seja, na base de acordos com seu antecessor Joaquim Roriz (PSC). A tentativa de romper com Roriz lhe custou o cargo e a honra, pois seus passos estavam documentados pelo homem de Roriz em seu governo, o delegado Durval Barbosa, por meio do qual Agnelo viu em primeira mão os vídeos do mensalão do DEM e calou-se até hoje. O governo de Agnelo segue sob o mesmo arco de alianças dos anteriores, refém da corporação policial de Brasília, do qual o soldado João Dias Ferreira é a personagem visível. Ele está na crise de Orlando e na de Agnelo. Por isso, o procurador-geral da República, Roberto Gurgel, pede a apuração conjunta dos casos - na verdade, um só. É o que o PT teme e de que se vale o PC do B para sustentar Orlando Silva no cargo. Sua saída, porém, continua só uma questão de tempo.
Sem transparência
Há um estoque de 40 mil prestações de contas sem análise nos órgãos competentes. Cerca de 2 mil são de organizações não governamentais (ONGs), segundo cálculo do economista Gil Castelo Branco, do site Contas Abertas. A fiscalização sobre o trabalho de mais de 300 mil entidades é precaríssimo, o que contribui para a proliferação de ONGs de fachada. Segundo Gil, parte da solução seria o acesso geral ao Siconv - Sistema de Gestão de Convênios -, dificultado ao máximo pelo governo. É nessa onda de proteção que partidos e políticos têm surfado e produzido escândalos em série.
Às claras
A partir do caso Jacqueline Roriz, as ações penais de parlamentares no STF registrarão os nomes completos dos réus. A publicação apenas das iniciais dos nomes acaba por decisão do ministro Marco Aurélio Mello.
O Estado de S. Paulo/Notícias/Blog do JOÃO BOSCO RABELLO - 23 de outubro de 2011 | 3h 07


CADA VEZ MAIS O JUDICIÁRIO FICA DESACREDITADO!


O CORPORATIVISMO NA JUSTIÇA

Apontado pela corregedora nacional de Justiça, ministra Eliana Calmon, como uma das cortes mais fechadas e resistentes às fiscalizações do País, o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) acaba de dar mais uma demonstração do que poderá ocorrer caso o STF acolha o recurso impetrado pela Associação dos Magistrados Brasileiros, retirando do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) a prerrogativa de julgar administrativamente magistrados acusados de desvio de conduta. As Justiças estaduais alegam que dispõem de corregedorias para fazer esse trabalho. Mas, como mostra Eliana Calmon, elas são lentas, ineptas e primam pelo corporativismo. Atualmente, 32 desembargadores respondem a sindicâncias e processos disciplinares no CNJ. Entre os desembargadores já condenados, um chefiava uma corregedoria. Ele foi acusado de desleixo, omissão e favorecimento.
Municiando a corregedora nacional de Justiça com nova prova de corporativismo, o presidente do TJSP, desembargador José Roberto Bedran, acaba de propor oficialmente à Secretaria da Segurança Pública a assinatura de um "protocolo, convênio ou entendimento" para a criação da figura de um "delegado especial" encarregado de cuidar de ocorrências policiais que envolvam magistrados da Justiça paulista. A iniciativa foi anunciada esta semana, durante a sessão em que o tribunal discutiu a promoção ao cargo de desembargador do juiz Francisco Orlando de Souza, que há duas semanas foi detido pela polícia sem carteira de habilitação e sob suspeita de dirigir embriagado. Depois de se envolver numa briga de trânsito, em São Bernardo, na frente do 1.º Distrito Policial da cidade, o magistrado foi detido, recusou-se a fazer o teste do bafômetro, discutiu com o delegado, que o acusou de ter dado "carteirada", e acabou sendo escoltado por policiais civis até sua casa.
A sessão do TJSP foi um festival de corporativismo. Os desembargadores elogiaram Souza, que terá de ser ouvido pela Corregedoria-Geral da Justiça, e, além de desprezar o boletim de ocorrência, levantaram suspeitas sobre a conduta do delegado e dos investigadores que o prenderam por desacato. Finalmente, por unanimidade, promoveram o colega à última instância da Justiça estadual, pelo critério de antiguidade.
Em São Paulo, os juízes e desembargadores já gozam de um direito que é negado aos cidadãos comuns. Quando se envolvem em algum incidente banal, os magistrados não podem ser conduzidos a delegacias de polícia e a ocorrência tem de ser comunicada imediatamente ao Tribunal de Justiça. Juízes só podem ser presos em flagrante por outro juiz. Agora, além desse tratamento especial, a magistratura estadual quer o direito a "delegado exclusivo". Segundo o desembargador Bedran, o tratamento diferenciado dado por um delegado exclusivo evitaria que as ocorrências policiais chegassem ao conhecimento dos meios de comunicação, evitando assim que eles publicassem reportagens "sensacionalistas" e "fatos distorcidos" que maculem a imagem de seus colegas de ofício.
"Não queremos evitar a divulgação de fatos, mas que eles sejam desvirtuados. Esse entendimento entre o Tribunal de Justiça de São Paulo e a Secretaria da Segurança Pública vai levar a que se evitem esses incidentes (como a detenção de um juiz acusado de dirigir alcoolizado e sem carteira) e que cheguem ao conhecimento dos jornais e possam até ser explorados", disse o presidente do TJSP. Em nota polida, porém firme, a Secretaria da Segurança Pública anunciou que informará mais rapidamente o tribunal das ocorrências policiais envolvendo magistrados, mas que não criará a figura do "delegado especial" nem restringirá o trabalho da imprensa. "Não há que se confundir a observância da lei com a redução das atribuições funcionais dos delegados e tampouco cerceamento do trabalho da imprensa", diz a nota.
É um fato insólito. Se não estivessem divorciados da realidade, preocupados em primeiro lugar com interesses corporativos, os dirigentes da Justiça não estariam na constrangedora posição de terem de ouvir lições elementares de direito ministradas por delegados.

O ESTADO DE S.PAULO/OPINIÃO - 23 DE OUTUBRO DE 2011 | 3H 04