sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

ARTHUR NETO TOMA POSSE NA ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS.

Este Pré-Blog se confraterniza com o grande Senador da República neste momento especial em que a Academia Amazonense de Letras acolhe ARTHUR VIRGÍLIO DO CARMO RIBEIRO NETO como um de seus membros, num reconhecimento inequívoco de uma carreira intelectual colocada a serviço do Estado do Amazonas e do Brasil.

O novo imortal, de 65 anos de idade, dos quais mais de 40 anos colocados em defesa da democracia, sempre teve como arma a sua voz e os seus sólidos conhecimentos humanísticos.

Arthur é formado em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito, da Universidade Federal do Rio de Janeiro e Diplomata de Carreira formado pelo Instituto Rio Branco.

Arthur é, essencialmente, um político nato. Foi militante do PCB,  filiado ao PSB, PMDB  e PSDB. Elegeu-se Deputado Federal para três (03) mandatos (1982-1986; 1994-1998; e 1998-2002. 

Elegeu-se Senador da Repúblico, com mandato de oito (08) anos, para o período de 2002-2010, sendo, desde logo, escolhido Líder do Governo Fernando Henrique Cardoso.

Para o Poder Executivo, Arthur foi eleito a Prefeito de Manaus em 1988, para realizar uma das melhores administrações da cidade de Manaus, no período de 1989-1992.

Na área Federal ocupou o cargo de Ministro-Chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República, também na gestão de FHC.

Arthur Neto foi importante protagonista na retomada da democracia no Brasil, tendo participado dos principais movimentos, dentre os quais a Direta Já que pôs fim na Ditadura Militar em 1985.

Por esses motivos e outros não menos importantes, é que a Academia Amazonense de Letras se enobrece em colocar entre seus 40 acadêmicos, o Senador Arthur Neto, que, desde antes, já honra a entidade maior do cultivo da língua e da literatura nacional, e mais especificamente, a amazônica, e sobremodo a amazonense.

A partir de hoje, a AAL não ouvirá mais somente poetas, romancistas, jornalistas, médicos, economistas, sociólogos e antropólogos. Agora também terá a voz de um diplomata e de um político por excelência.

COLUNA DO ARTHUR NETO


ECONOMIA VAI MAL
Lisboa – As dívidas em atraso entre 15 e 90 dias saltaram de 5,5% em outubro de 2010, para 6,9% no mesmo mês deste ano. As que registram atrasos acima de 90 dias subiram de 4,7% para 5,5% em um ano.
No terceiro trimestre de 2009, quando o governo considerava a crise como “passado”, o dólar estava cotado entre R$1,85 e R$1,90, mais ou menos o mesmo patamar de hoje. Naquele ano, os preços das commodities recuaram, abrindo espaço para o Banco Central cortar os juros que, de um teto de 13,75% desceram para 8,75% no mês de julho. Era a brecha também para a expansão do crédito.
No início de 2009, o petróleo caiu para US$33 o barril. Hoje, ele está em alta, custando em torno de US$100 o barril. Certamente continuará pressionado, em função do quadro de instabilidade no Oriente Médio e no Norte da África e da elevação da demanda pelos emergentes, a começar pelo Brasil.
Além dos sucessivos escândalos de corrupção, a inflação é a grande dor de cabeça do governo Dilma Rousseff, que maquia os índices de 2011 para tentar fazê-lo caber no teto (já por si elevadíssimo) da meta: promoveu o corte na CIDE e adiou a entrada em vigor do imposto no setor de fumo, empurrando problemas para 2012.
Na crise de 2008, a forte queda nos preços do petróleo e das commodities fez a inflação cair de 6,41% em maio para 4,2% um ano depois. Em 2011, a inflação atingiu o “pico” de seis anos no IPCA de setembro: 7,31%, com leve desaceleração no ultimo trimestre, conforme era esperado pelo mercado.
No terceiro trimestre deste ano, tivemos um PIB de crescimento zero. O quarto trimestre mostrará algo perto disso. Em miúdos, crescimento menor que o de Alemanha e França, da Europa conturbada.
Como a gastança desenfreada, eleitoreira, de Lula artificializou crescimento acima de 7% em 2010, o ano corrente nasceu crescendo mais de 2% pelo efeito carry over, algo como a transferência automática de um exercício para o outro. O resultado final talvez não chegue a crescimento de 3%, contra inflação de, no mínimo, 6,5% (apesar da maquiagem). Em 2012, espera-se crescimento medíocre, em torno também de 3%, contra inflação de quase 6%. Bem diferente do vizinho Peru, país pequeno, que vem crescendo, há bons anos, a taxas elevadas, com inflação reduzida. Em 2011, por exemplo, crescerá mais de 7%, contra inflação de apenas 2%.
A arrecadação federal brasileira vem aumentando constante e absurdamente, levando a carga tributária para perto de 37% do PIB. Os gastos públicos, igualmente, sobem sem nenhum pudor, em termos reais, isto é, sempre bem acima do PIB, descontada a inflação. Temo pelo superávit primário de 2012. Temo que mais maquiagem venha por aí.
E o governo mantém comportamento errático e até esquizofrênico diante da crise mundial. Em certa hora, a presidente declara que o momento é grave e que o Brasil será atingido. Na realidade, já foi atingido, sim, e poderá sê-lo ainda mais, se medidas de ajuste fiscal não forem adotadas. Mas em outras ocasiões, Dilma pede aos brasileiros para gastarem mais, na ideia de que o consumo interno assegurará o crescimento do País. Repete o discurso de Lula, em 2008, sem levar em conta que aquele ano nada tem a ver com 2012.
A propaganda oficial é forte. Mas a economia vai mal e as pessoas começarão (se é que já não começaram) a perceber isso.

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

COLUNA DO ARTHUR NETO


ESPETÁCULO DOS BRASILEIROS

Lisboa – Está nas mãos do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, aliás figura do melhor nível intelectual, proposta esdrúxula que, para resumi-la, visa a dificultar a veiculação, pelas televisões, dos espetáculos de Mixed Martial Arts (MMA). O presidente nacional do PSDB, deputado Sergio Guerra (PE), e o ministro Aloizio Mercadante, da Ciência e Tecnologia, reuniram-se, recentemente com Cardozo, na tentativa de convencê-lo de que as MMA são um esporte (não são vale tudo) milionário, que enriquece gente nos Estados Unidos e poderia estar fazendo o mesmo aqui no Brasil.

Afinal, temos os melhores lutadores do mundo, que precisam sair do Brasil para ganhar bolsas compensadoras. O País perde impostos, empregos (preparadores físicos, treinadores das diversas modalidades de artes marciais, cutmen, psicólogos, etc...). Perde também no turismo, porque já virou produto dos mais rentáveis, nos EUA, alguém sair de sua terra para acompanhar o grande show das MMA.

O governo precisa encarar com lucidez a verdade indesmentível de que não dá para segurar o crescimento desse esporte em nenhuma parte do mundo. Só que, por enquanto, o Brasil se limita a exportar seus melhores valores e a promover, internamente, espetáculos de bom nível, porém menos densos que o UFC.

Se acontecesse a proibição das MMA entre nós, a elite dos lutadores se mudaria daqui e a grande maioria dos restantes iria parar em desumanos "clubes de luta", que já existem, mas passariam a proliferar por todo o território nacional. Sem assistência médica, sem regras, sem limites, aí sim uma verdadeira selvageria.

O que pediram ao ministro da Justiça, em verdade, não foi a proibição das programações no Brasil. Requereram a limitação da veiculação televisiva que, por si só, já serve para esvaziar bastante os eventos internacionais, sempre estrelados por ídolos brasileiros, como Anderson Silva. Rodrigo Minotauro, Junior Cigano, Wanderlei Silva, Vitor Belfort, José Aldo e tantos outros.

A ficha do governo precisa cair logo. Hipocrisia não é boa companhia para ninguém.