domingo, 4 de março de 2012

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL - Em três cenários diferentes, Serra detém 36%, 55% e 68% dos votos válidos, respectivamente. Lula, que é decrescente no Município ao longo dos últimos 10 anos, terá que eliminar as candidaturas de Russomano do PRB, o que será difícil diante de sua boa performance nas pesquisas, de Netinho do PCdoB, Paulinho do PDT e Chalita do PMDB, para tentar conquistar os seus respectivos potenciais de votos em favor do seu candidato.

MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL

A eleição em São Paulo já começou. 
A entrada de Serra na peleja, 223 dias antes da eleição, é o fato novo que traumatiza o status quo do pleito paulista, tido como a eleição mais consciente do país. 
Apesar da desarrumação causada pela estratégia do PSDB de evitar ceder espaço ao PT, trata-se, apenas, do começo de um pleito que promete muitas emoções e muita luta política em pleno século XXI, mas que nunca será "o combate ou a morte: a luta sanguinária ou nada. É assim que a questão está irresistivelmente posta", como escreveu Marx em 1847.
Será, infelizmente, o tempo de troca de acusações, denúncias, dossiês, cobranças, promessas, mas, felizmente, também será o momento de geração de novas esperanças para o povo paulistano e a perspectiva de transição política e social acima de tudo, com a escolha entre dois modelos políticos  ideologicamente pouco ou nada diferentes, tanto no viés social, quanto no econômico, que, entretanto, distinguem-se pela gestão pública com base em quadros mais profissionais do PSDB e pela administração mais corporativa e aparelhada do PT.
Será muito bom para o Brasil que, seja quem for o vencedor, São Paulo continue avançando em termos de políticas públicas que ampliem o bem-estar social do cidadão, com o Estado focado nas suas funções básicas previstas na Constituição de 1988, inclusive a normativa e fiscalizadora das atividades econômicas, estendendo novas pontes à participação do capital privado de qualquer origem, com vistas a aumentar e melhorar a infraestrutura  indispensável à continuação do crescimento e desenvolvimento social e econômico de São Paulo e, consequentemente, do País.
Numa análise rápida nos números das pesquisas que começam a pulular no cenário político, ouso afirmar que, a não ser que ocorra algo totalmente imprevisível, Serra será eleito Prefeito no dia 07 de outubro próximo, descartando desde logo que Lula não integra essa imprevisibilidade. A sua participação na campanha de Haddad, para tirar a diferença entre ele e Serra, que é atualmente, na melhor das hipóteses, 28 pontos percentuais e na pior, 59, demandará esforço muito acima do seu carisma e dos seus 2% (51 x 49) em 2002 maior que Serra no município de São Paulo; 8% (46 x 54) menor que Alckmin em 2006; e, novamente, 8% (46 x 54) menos que Serra, já que Dilma era Lula em 2010 (“Mudei meu nome para Dilma nesta eleição”)
Portanto, não vejo evidências que indiquem que Haddad/Lula possam reverter o quadro atual pró-Serra.
Em três cenários diferentes, Serra detém 36%, 55% e 68% dos votos válidos, respectivamente. Lula, que é decrescente no Município ao longo dos últimos 10 anos, terá que eliminar as candidaturas de Russomano do PRB, o que será difícil diante de sua boa performance nas pesquisas, de Netinho do PCdoB, Paulinho do PDT e Chalita do PMDB, para tentar conquistar os seus respectivos potenciais de votos em favor do seu candidato.
É uma tarefa difícil, mas será uma missão quase impossível. Missão para Tom Cruise ou para o SuperLula.

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