quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

COLUNA DO ARTHUR NETO


DROGAS

Lisboa – O tráfico e o consumo de drogas, no Brasil, já revelam caráter epidêmico. O crack e o oxe, que viciam desde as primeiras experiências, grassam acintosamente, liquidando vidas, matando esperanças.

Entendo necessário um grande esforço nacional, comandado pelo governo central, envolvendo os executivos estaduais, as prefeituras, os parlamentares, todo o aparato judiciário, as organizações do terceiro setor. Se não surgir algo definitivo, fulminante, como reação ao avanço da tragédia, ela vencerá a batalha e nós perderemos muitos dos nossos jovens, muito do nosso futuro.

Não dá para se fingir que não se está vendo a tempestade já formada. O Brasil ainda tem tempo de evitar sua mexicanização que, no grande país latino da América do Norte se retrata pela clara derrota do Estado para o crime organizado, para as máfias das drogas.

Há milhões de brasileiros que não conseguem trabalhar, conviver com não-viciados, estudar, amar, projetar um mínimo de futuro. São pessoas que praticam o sexo inseguro e promíscuo, que deixam de comer e se prostituem em troca de algumas pedras e de momentos fugazes de fuga de uma realidade que lhes nega a condição humana. São pessoas que gastam o salário de um mês, em poucas horas, antes de perderem mais um emprego e se enfiarem mais fundo ainda no pesadelo interminável.

Não podemos permanecer alienados diante de questão tão grave, tão dramática.

Podemos agir. Devemos agir. Temos de agir.

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