sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

AINDA O CASO DOS HAITIANOS - MARCO BACURY COLOCA OS PINGOS NOS Is! REGISTRE-SE, QUE A COLUNISTA É CORAJOSA EM EXPOR O SEU PENSAMENTO, DOA A QUEM DOER... INFELIZMENTE. ESTAMOS EM UMA DEMOCRACIA, ONDE TODOS PODEM EXPRIMIR SUAS OPINIÕES, MESMO QUE DELAS SE DISCORDE. VALE AQUI COLOCAR O PENSAMENTO "VOLTAIREANO" SOBRE O PRECONCEITO: "LES PRÉJUGÉS, AMI, SONT LES ROIS DU VULGAIRE". TAMBÉM CABE O PENSAMENTO QUE NÃO É DE VOLTAIRE E SIM, DE EVELYN HALL: " EU DESAPROVO O QUE DIZES, MAS DEFENDEREI ATÉ A MORTE O SEU DIREITO DE DIZÊ-LO ".


Dona Mazé Mourão,

Sempre considerei muito importante a postulação do título de IMORTAL, principalmente aqui em nossa tribo BARÉ, onde pouco se faz notícia de uma ACADEMIA DE LETRAS tão honrada e bem representada. Agora, diante do borrado incidente jornalístico, tenho lá minhas dúvidas entre uns e outros da importância ou glória que isso encerra.

Seu comentário não foi maldoso - presumo -  porém com certeza foi muito infeliz, pobrezinho e  com um toque explícito de quem não se preocupa com o engrandecimento cultural das grandes massas.

Aliás, o fator mais infeliz continua sendo sua RENITÊNCIA, numa a postura arrogante de se mostrar indiferente às interpretações dadas ao seu breve artigo.

Como jornalista conceituada, com notoriedade indiscutível pela laureada ACADEMIA AMAZONENSE DE LETRAS, talvez apenas tenha esquecido o que significam os verbetes REPUTAÇÃO e FAMA (Boa e má).

Diante de opiniões tão polêmicas, em paralelo, creio que a Senhora NÃO TEM O DIREITO de falar em nome do Sr.  GOVERNADOR OMAR AZIZ, nem mesmo de parafrasear suas opiniões, visto que os contextos e circunstâncias são diferentes.

Não sei de que lado a senhora se encontra, não somos amigos, nem sei quem apóia politicamente, porém é fato consumado que  seu comentário infeliz JOGOU LAMA no rosto  do Governador, ao mesmo tempo em que  deixou sua "imortalidade acadêmica" envolvida em um diagnóstico de PATOLOGIA CONTAGIOSA GRAVÍSSIMA, que antes de se querer ser "imortal", desejaríamos que fosse prontamente extinta, em morte súbita, para não contagiar ninguém com o vírus da arrogância racista.

Lembre-se aqui, respeitável senhora Mazé Mourão, que os corpos e mentes jazerão no túmulo com brevidade sorrateira, mas as LETRAS continuarão VIVAS, multiplicadas e continuadas pelos séculos, tal como afirmou um dia PÉRICLES DE MORAES (Acadêmico da AAL e também Cartorário, de quem tenho honra de ser colega de profissão).

Se existe mesmo tal imortalidade, desejo de coração que a senhora SEJA FELIZ aqui e um dia no além, após o seu pedido de desculpas.

Contudo, gostaria de lhe recordar mais uma vez  - presumindo que já tenha esquecido -  que  o nosso pai  veterano  MACHADO DE ASSIS também era um homem negro, pobre e suburbano,  descendente de escravos, que também “morcegava” os bondes no Rio de Janeiro de outrora, onde negros não tinham liberdade de tomar assento, mesmo sendo alforriado.

Naquele tempo, com o apoio de pessoas verdadeiramente iluminadas, ele (Machado de Assis) conseguiu TRANSCENDER e chegou até onde nós sabemos.

Diante de tal semelhança, permita-me interrogar curiosamente:
A Senhora não tem vergonha de manter NEFREDITE (sua fiel empregada que convive ao seu lado) em estado tão lastimável de poucas luzes? 

É lastimável perceber que a ESCRAVIDÃO do passado ainda se mantém pela ignorância dos que nos servem, independente de cor.

Se Nefredite existe ou não no mundo real, ou se faz pela sua imaginação - pouca importa - a vergonha nesse caso é somente sua...

Por tudo, acredito que a senhora comprometeu e ofuscou o brilho de nossa Academia, de toda nossa sociedade e comprometeu principalmente a imagem do nosso Governador no cenário nacional.

No entanto, entre tantos índios, negros, turcos e outras etnias aqui presentes na mesma taba, lhe desejo dias melhores (com LETRAS mais saudáveis e verdadeiramente  IMORTAIS).

Reflita com muita luz no coração e

Obrigado pela sua atenção.

Cordialmente.

Marco Aurélio Bacury

Publicado no  Blog MAZÉ MOURÃO em 30.01.2012

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