sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A PREVISÃO DE INFLAÇÃO DE 2011 TE ASSUSTA?

Em agosto eu dizia no meu microblog que Tombini era o mais fraco Presidente do BC dos últimos 17 anos. Ele previa que a inflação ia cair a partir de outubro.
Eu dizia que o IPCA cresceu jun/jul/ago/set em média 60% do mês anterior. E que uma possível tendência de redução no mês de dezembro ficava imprevisível pela conjuntura internacional.
Eu também dizia que existia a tendência anualizada de inflação bater em dezembro 9%. Porque? O IPCA mês a mês de 2011, foi superior em média 23% a 2010.
Em análise mais percuciente o IPCA de 2010 saiu em JUNHO de 0% p/0,01% em JULHO e 0,04% em AGOSTO. Deu salto em SETEMBRO para 0,45% e OUTUBRO para 0,75. Causou surpresas? Em 2011 no todo, não. O BC não soube controlar o mês de JUNHO, cujo IPCA foi de 0%. Foi mesmo 0%? Ou foi 0,01%? Ou 0,001%? Sabe-se que em JULHO o IPCA foi de 0,01%. Então qual foi a verdadeira potencialização da transição entre JUNHO e JULHO/2010? Ninguém sabe! O que se sabe é que o crescimento de JUNHO/2011 sobre JUNHO/2010 pode ter sido de 1,5%, 15%, 150%, 1500%, 15000%, até o infinito, dependendo de quantos ZEROS têm depois da vírgula nesse ZERO POR CENTO de IPCA no mês de JUNHO de 2010.
Na avaliação dos analistas, o IPCA deve encerrar 2011 em 11% ao ano. Para o fim de 2012, a expectativa para a Selic segue em 10,50% ao ano. Atualmente, a taxa básica está em 12% ao ano. A próxima reunião do COPOM do BC, que define a Selic, será nos dias 18 e 19 deste mês, quando os analistas esperam que a Selic seja reduzida para 11,5% ao ano.
A estimativa dos analistas para os preços administrados segue em 5,80%, em 2011, e passou de 4,57% para 4,55%, no próximo ano. Grosso modo, os preços administrados representam um pouco mais que 50% da inflação anual. Logo, poderemos ter uma inflação, algo em torno de 11% em 2011.
Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento, transporte urbano coletivo, entre outros.

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