sexta-feira, 30 de março de 2012

Republicamos o Editorial de A Crítica, do dia 29 de março do corrente ano, pela demonstração cabal da independência que sempre pautou o "Maior Jornal da Amazônia". A imprensa não teria razão de existir se não fosse para fiscalizar as ações da administração pública e de denunciar quando houver desmandos, incúria, corrupção e malversação dos recursos públicos. O povo amadurece com a informação correta e passa a perceber quando está sendo enganado. Amazonino se elegeu enganando o povo e, sempre, passando-se por vítima, como cordeiro em pele de lobo, acoberta uma das maiores corrupções ocorrida na Prefeitura, com os achaques do principal Gestor do Sistema de Transporte Coletivo, com coleta de dinheiro da chantagem de empresários, que não têm outra saída, a não ser aumentar a tarifa de transporte, roubando, sob o manto da legalidade, a população e o cidadão amazonense. A IMPRENSA pode sim, ajudar a dar um basta na CORRUPÇÃO! BASTA!


O ADMINISTRADOR  QUE FOGE DE SUAS RESPONSABILIDADES


JORNAL A CRÍTICA, 29/03/2012
EDITORIAL

O sucesso, reza a máxima da sabedoria popular, tem um único responsável. Já o fracasso é filho sem pai, ninguém quer saber dele, filho enjeitado das falhas cotidianas.

Esse parece ser o raciocínio do Prefeito de Manaus, que, ao entardecer de uma gestão confusa e sem rumo, vem à boca do pano para atribuir culpa por seus erros e fracassos à imprensa e ao Ministério Público, duas Instituições que apenas cumprem o papel de garantir o interesse público nas ações governamentais e bem informar àqueles que efetivamente são os donos do poder, o povo.

É da Imprensa e do Ministério Público, por exemplo, se prevalecer a lógica da irracionalidade cotidiana do Prefeito, o fracasso do choque de ordem aplicado sem qualquer eficiência nas ruas de Manaus. Três anos e meio após iniciar essa política, Manaus ainda está longe de ter ordem pública respeitada.

Ainda segundo a lógica de fugir das responsabilidades, é culpa da Imprensa e do Ministério Público a péssima gestão do sistema de transporte coletivo em Manaus.  A concordarmos com essa concepção fugidia, temos de colocar nas mãos do Procurador Geral de Justiça a caneta que nomeou o gestor da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos, senhor Marcos Cavalcante.  Foi ele quem deixou o cargo sob acusações de integrar e chefiar uma quadrilha  que extorquia operadores do sistema. Não! Muito pelo contrário, o responsável pela nomeação responde pelos destinos da cidade desde 1º de janeiro de 2009. São mais de mil dias no cargo e, no entanto, o transporte coletivo só piora.

Também, se concordarmos com a lógica da esperteza amazônica do prefeito, temos de colocar nas mãos da imprensa as luvas dos garis que não limpam o Centro de Manaus e, muito ao contrário, contaminam a paisagem que traz, por exemplo, a Memória do Movimento do Clube da Madrugada, ali na Praça Heliodoro Balbi.

Também é da Imprensa e do Ministério Público a culpa pela não implantação do projeto Zona Azul, que disciplinaria o estacionamento em Manaus.  É da Imprensa e do Ministério Público, se assinarmos em baixo da loucura administrativa da cidade, o caos que se estabeleceu no trânsito a cada alvorecer e entardecer. Não, todos esses fracassos tem dono e ele se chama Amazonino Armando Mendes, o prefeito que não frequenta a prefeitura.

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