A Grécia é o único exemplo
conhecido de um país que vive em plena bancarrota desde o dia em que nasceu. Se
a França ou a Inglaterra se encontrassem, um ano que fosse, nesta situação,
assistiríamos a terríveis catástrofes.
A Grécia viveu mais de vinte anos em
paz, numa situação de bancarrota. Todos os orçamentos são, do primeiro ao
último, deficitários.
Num país civilizado, quando o
orçamento das receitas não chega para cobrir o orçamento das despesas,
recorre-se a um empréstimo contraído a nível interno. Este é um meio a que o
governo grego nunca tentou recorrer e, se tivesse tentado, não teria sido bem
sucedido. Foi preciso as potências protetoras da Grécia garantirem a sua
solvabilidade para o país poder negociar um empréstimo no exterior.
Os recursos fornecidos por esse empréstimo foram desperdiçados pelo governo, sem quaisquer frutos para o país, e, depois de o dinheiro ter sido gasto, foram precisos os bons ofícios dos fiadores para cobrir os juros. A Grécia não tinha condições para os pagar.
Os recursos fornecidos por esse empréstimo foram desperdiçados pelo governo, sem quaisquer frutos para o país, e, depois de o dinheiro ter sido gasto, foram precisos os bons ofícios dos fiadores para cobrir os juros. A Grécia não tinha condições para os pagar.
Agora, renunciou à esperança de
alguma vez honrar os seus créditos. Se as três potências protetoras continuarem
indefinidamente a pagar por ela, a Grécia não ficará em muito melhor situação.
As suas despesas continuarão a não ser cobertas pelos seus recursos.
VEJA / BLOGS E COLUNISTAS / Antonio
Ribeiro, de PARIS
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