COLETA
SELETIVA
Lisboa
– Todas as escolas públicas e particulares deveriam estabelecer como norma a
coleta seletiva do lixo. Por todas as razões, a começar pelo fato de que tal
atitude será útil para as cidades e para a vida dos cidadãos e, sem dúvida,
porque significará a consciência ecológica despertada desde cedo nas crianças e
nos jovens.
As
residências deveriam fazer o mesmo.
Parece
que o gesto individual em nada altera a realidade, mas é de se lembrar da
fábula do passarinho que, vendo a floresta pegar fogo, começou a levar água, em
seu pequeno bico, para enfrentar o incêndio.
Ouve
então a gargalhada de um enorme pássaro, que lhe disse:
-
Como você é ingênuo, achando que com essa aguinha de nada vai apagar o fogaréu.
Ao
que o pequenino respondeu:
-
Você pode ter razão, até porque figuras como você se dedicam a ridicularizar
quem trabalha, ao invés de usar o bicão para transportar água. Se todos fizerem
como você, o fogo se vai alastrar mesmo. Se todos fizessem como eu, as chances
de salvar a floresta que nos abriga seriam reais.
Que
cada um faça a sua parte, dando exemplo a ser repetido por outras pessoas. E o
poder público pode instituir a coleta seletiva em suas escolas e repartições,
assim como os empresários igualmente deveriam empreendê-la em seus
estabelecimentos.
Sou otimista. Há bem pouco tempo, não existia nada nesse sentido. Atualmente, já se percebe paulatina mudança de atitude.
Sou otimista. Há bem pouco tempo, não existia nada nesse sentido. Atualmente, já se percebe paulatina mudança de atitude.
Que
o processo se acelere, são meus votos sinceros.
NÃO
É UM MAR DE ROSAS
Lisboa – O PIB
do terceiro trimestre foi zero. O do último semestre do ano ficará perto disso.
Trocando em miúdos, apresentamos resultados piores que os de Alemanha e França,
da Europa em crise. O investimento recuou. A poupança também. Calculo que
poderemos ficar um pouco abaixo dos 3%, em termos de crescimento do PIB, em
2011. O grosso disso se deverá ao chamado efeito "carry over", que é
a transferência automática do crescimento de um ano para o outro. Como, em
2010, o eleitoralismo do governo artificializou crescimento acima de 7%,
despertando, inclusive, o dragão da inflação, o "carry over"
transmitiu mais de 2% daquele ano para este. A inflação, elevada, acima do teto
da meta, já é responsável por greves no País. Ela contrasta com a perda de
vigor da economia. O pequeno Peru tem apresentado taxas de crescimento
elevadas, ano após ano, com inflação em torno de 2%. O nome disso é
sustentabilidade. Aqui, o governo artificializou o crédito e alavancou
crescimento insustentável a partir daí. País nenhum cresce de forma sustentável
com investimento baixo, poupança idem e inflação elevada.