MISSÃO QUASE IMPOSSÍVEL
A eleição em São Paulo já
começou.
A entrada de Serra na peleja, 223 dias antes da eleição, é o fato novo que traumatiza o status quo do pleito paulista, tido como a eleição mais consciente do país.
A entrada de Serra na peleja, 223 dias antes da eleição, é o fato novo que traumatiza o status quo do pleito paulista, tido como a eleição mais consciente do país.
Apesar da desarrumação causada
pela estratégia do PSDB de evitar ceder espaço ao PT, trata-se, apenas, do
começo de um pleito que promete muitas emoções e muita luta política em pleno
século XXI, mas que nunca será "o combate ou a morte: a luta
sanguinária ou nada. É assim que a questão está irresistivelmente
posta", como escreveu Marx em 1847.
Será, infelizmente, o tempo de
troca de acusações, denúncias, dossiês, cobranças, promessas, mas, felizmente,
também será o momento de geração de novas esperanças para o povo paulistano e a
perspectiva de transição política e social acima de tudo, com a escolha entre
dois modelos políticos ideologicamente
pouco ou nada diferentes, tanto no viés social, quanto no econômico, que,
entretanto, distinguem-se pela gestão pública com base em quadros mais
profissionais do PSDB e pela administração mais corporativa e aparelhada do PT.
Será muito bom para o Brasil que,
seja quem for o vencedor, São Paulo continue avançando em termos de políticas
públicas que ampliem o bem-estar social do cidadão, com o Estado focado nas
suas funções básicas previstas na Constituição de 1988, inclusive a normativa e
fiscalizadora das atividades econômicas, estendendo novas pontes à participação do
capital privado de qualquer origem, com vistas a aumentar e melhorar a
infraestrutura indispensável à
continuação do crescimento e desenvolvimento social e econômico de São Paulo e,
consequentemente, do País.
Numa análise rápida nos números
das pesquisas que começam a pulular no cenário político, ouso afirmar que, a
não ser que ocorra algo totalmente imprevisível, Serra será eleito Prefeito no
dia 07 de outubro próximo, descartando desde logo que Lula não integra essa
imprevisibilidade. A sua participação na campanha de Haddad, para tirar a
diferença entre ele e Serra, que é atualmente, na melhor das hipóteses, 28
pontos percentuais e na pior, 59, demandará esforço muito acima do seu carisma
e dos seus 2% (51 x 49) em 2002 maior que Serra no município de São Paulo; 8% (46
x 54) menor que Alckmin em 2006; e, novamente, 8% (46 x 54) menos que Serra, já
que Dilma era Lula em 2010 (“Mudei meu
nome para Dilma nesta eleição”).
Portanto, não vejo evidências que indiquem que Haddad/Lula possam reverter o quadro atual pró-Serra.
Portanto, não vejo evidências que indiquem que Haddad/Lula possam reverter o quadro atual pró-Serra.
Em três cenários diferentes,
Serra detém 36%, 55% e 68% dos votos válidos, respectivamente. Lula, que é
decrescente no Município ao longo dos últimos 10 anos, terá que eliminar as
candidaturas de Russomano do PRB, o que será difícil diante de sua boa
performance nas pesquisas, de Netinho do PCdoB, Paulinho do PDT e Chalita do
PMDB, para tentar conquistar os seus respectivos potenciais de votos em favor do seu
candidato.
É uma tarefa difícil, mas será uma missão quase impossível. Missão para Tom Cruise ou para o SuperLula.
É uma tarefa difícil, mas será uma missão quase impossível. Missão para Tom Cruise ou para o SuperLula.
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