Que futuro o país terá com
esses jovens da USP, pergunta leitor.
LEITOR THIAGO WILLIAM CAPUCIN
(1)
Há alguns meses, os governantes e, principalmente,
a Polícia Militar foram quase que linchados pela mídia e pelos próprios
estudantes da USP (Universidade de São Paulo) porque viram um colega de classe
- Felipe Ramos Paiva, 24 - ser morto com um
tiro na cabeça dentro do campus após um assalto.
Não havia policiamento no campus, e várias foram as
"queixas". Hoje, talvez, os mesmos estudantes estão em conflito com
os policiais que eles mesmo pediram para estar lá! Porém, agora eles
perceberam: "Meu, não poderemos mais fumar nossos baseados em paz."
Os policiais estão fazendo o trabalho deles e, como
um "ex-universitário", realmente não dá pra acreditar na versão dos
estudantes que dizem que os três amigos estavam estudando dentro do carro, ao
invés da versão dos policiais de que eles estavam é "bolando" o seu
beck!
Como estudante, nunca achei que o carro fosse o
melhor lugar para estudar, ainda mais se tivesse a oportunidade de ser aluno da
maior universidade do país!
Enquanto o Brasil é assolado por tantos outros
males, na própria corrupção política, continuamos a ver as mesmas manchetes
sobre este caso. No passado, universitários saiam às ruas para tentar
transformar a história do país, como nas "Diretas Já" e no governo
Collor.
Hoje assistimos os nossos universitários
encapuzados como verdadeiros criminosos em centros de detenção defendendo o seu
direito de fumar maconha em paz. Ainda há valores na sociedade?! Não, acho que
não. Por que eles não vão se revoltar contra todas as calamidades que sofremos
como cidadãos brasileiros?
Eles são os filhos dos ricos que provavelmente não
possuem os mesmos problemas que a classe "trabalhadora" do país tem.
É engraçado porque até mesmo os criminosos encapuzados nas rebeliões dos
presídios, quando o fazem, sempre reivindicam melhorias à sua qualidade de vida
dentro da penitenciária. Por sua vez, os jovens da USP usam máscaras e camisas
cobrindo seus rostos apenas para defender o seu direito e pedindo que a PM
agora saia do campus.
Todos estão ali movidos pela mesma
"consciência aberta" que universidades como a USP promovem: a
"liberdade de expressão". Nada mais do que verdadeiros desocupados
--para não dizer outra coisa--, que ainda recebem as gordas mesadas dos seus
ingênuos pais, que talvez nem saibam que seus filhos são uns daqueles encapuzados
na multidão que eles assistem na televisão.
Jovens de classe média/alta que, por tamanhas
"desilusões" e dificuldades de suas vidas turbulentas na faculdade,
são "levados" a usar drogas. Verdadeiros vândalos que acreditam que
possuem o direito de depredar os prédios públicos que nós pagamos para eles.
Tudo a favor desta minoria da sociedade que mantém o tráfico de entorpecentes.
Sim, os problemas do Brasil ainda são muitos. Este
episódio da USP é quase que uma comédia diante de tantos outros dramas que temos
hoje. Creio que tudo já seria muito diferente se os pais e mães realmente
educassem seus filhos. Se ainda existissem as "belas" palmadas da
correção, as que ensinam junto com a educação do berço o valor de muitas coisas
que hoje já não são mais ensinadas.
São apenas marmanjos totalmente mimados, com belos
carros na garagem de suas repúblicas, que não trabalham, e que desde meninos já
aprenderam a ter um mundo fácil São estes amigos(as), que um dia serão os
nossos médicos, advogados, escritores, filósofos e os profissionais da nossa
sociedade.
O pior de tudo é que, com orgulho, ainda irão dizer
aos seus próprios filhos que um dia, na história do nosso país, militaram a
favor de importantes direitos estudantis: a favor de um "baseado da
paz".
Estamos perdidos, para não dizer outra coisa.
FOLHA DE
SÃO PAULO/PAINEL DO LEITOR / LEITOR THIAGO WILLIAM CAPUCIN / DE CAMPINAS (SP) / 02/11/2011-10h43
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