Manaus aniversaria otimista,
pujante, crescente e alerta. É a cidade irredenta de nossos país e nossos avós,
o berço dos manauaras, o ninho de todos nós. Parabéns, minha cidade
querida!
Manaus comemora
amanhã, segunda-feira, 342 anos de vida. Receba os parabéns, minha cidade
querida, do fundo do coração de quem busca presenteá-la com dedicada luta e
sincero respeito.
Há
muito por fazer. A começar pela valorização do enorme legado que a natureza nos
concedeu. Desconheço outra cidade, com esse número de habitantes, banhada pelos
maiores rios do mundo, cortada por tantos igarapés, a começar por este quase
rio, o Tarumã, tendo como pano de fundo o tesouro chamado Floresta Amazônica.
Não
bastasse esse legado, visível a todos que vivem aqui, mesmo a quem não o queira
ver, há o passado indígena, com a tradição de bravura indômita conferida por
Histórias como a do guerreiro Ajuricaba.
O
povo manauara, longe da passividade que lhe tentam atribuir, tantas vezes mudou
o roteiro pré-estabelecido e dirigiu o curso do cotidiano para além do
convencional.
Foi
assim na libertação dos escravos, que começou na cidade e se consolidou no
Amazonas inteiro, antes de acontecer em qualquer outro ponto do Brasil. Na
produção da borracha, que se tornou o principal produto da pauta de exportação
nacional e impulsionou a indústria automobilística internacional, tendo o
Roadway como ponto de apoio. E, mais recentemente, saindo do escambo para a
tecnologia de ponta da Zona Franca de Manaus, oferecendo as mãos que produzem
mais rapidamente uma motocicleta que quaisquer outros povos ou outra gente.
Amanhã,
pelo que ouço, a presidente Dilma Rousseff vem entregar “um presente” à cidade.
Espera-se algo além da prorrogação dos incentivos fiscais da Zona Franca de
Manaus (ZFM) e da extensão dos mesmos para todos os Municípios integrantes ou
que venham a integrar a Região Metropolitana.
Manaus,
e o Amazonas inteiro, precisam de investimento em infraestrutura e medidas
concretas que fortalecem o polo industrial. De que adiantam os incentivos se,
na hora da briga pelos tablets, por exemplo, a cidade está sendo preterida por
Jundiaí (SP) e Maringá (SC)?
A
Presidência da República tem, entre suas prerrogativas, todas as condições para
manter os polos de Duas Rodas e Celular distantes da ameaça de fuga desta
capital.
Em
Manaus é feriado, mas no resto do Brasil não. A presidente pode muito bem
entregar seu presente via Diário Oficial da União (DOU) e não apenas em
palavras soltas no ar com promessas tantas vezes repetidas e até aqui não
cumpridas.
Manaus
e o Amazonas deram à presidente, concretamente, a maior votação proporcional do
País. Esse povo espera, agora, um presente que signifique retribuição também
concreta, direta, definitiva.
O
sentimento que impera, acima de qualquer outro, é o de festa. Nem mesmo o
anúncio de que ficará nos quatro jogos da primeira fase da Copa do Mundo de
2014, o mínimo que qualquer cidade-sede da competição pode receber, empana esse
momento.
Manaus
aniversaria otimista, pujante, crescente e alerta. É a cidade irredenta de
nossos país e nossos avós, o berço dos manauaras, o ninho de todos nós.
Parabéns,
minha cidade querida!
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