Em
agosto eu dizia no meu microblog que Tombini era o mais fraco Presidente do BC
dos últimos 17 anos. Ele previa que a inflação ia cair a partir de outubro.
Eu dizia que o IPCA cresceu jun/jul/ago/set em
média 60% do mês anterior. E que uma possível tendência de redução no mês de
dezembro ficava imprevisível pela conjuntura internacional.
Eu também dizia que existia a tendência
anualizada de inflação bater em dezembro 9%. Porque? O IPCA mês a mês de 2011,
foi superior em média 23% a 2010.
Em análise mais percuciente o IPCA de 2010 saiu
em JUNHO de 0% p/0,01% em JULHO e 0,04% em AGOSTO. Deu salto em SETEMBRO para
0,45% e OUTUBRO para 0,75. Causou surpresas? Em 2011 no todo, não. O BC não
soube controlar o mês de JUNHO, cujo IPCA foi de 0%. Foi mesmo 0%? Ou foi
0,01%? Ou 0,001%? Sabe-se que em JULHO o IPCA foi de 0,01%. Então qual foi a
verdadeira potencialização da transição entre JUNHO e JULHO/2010? Ninguém sabe!
O que se sabe é que o crescimento de JUNHO/2011 sobre JUNHO/2010 pode ter sido
de 1,5%, 15%, 150%, 1500%, 15000%, até o infinito, dependendo de quantos ZEROS
têm depois da vírgula nesse ZERO POR CENTO de IPCA no mês de JUNHO de 2010.
Na avaliação dos analistas, o IPCA deve encerrar 2011 em 11% ao ano. Para o fim
de 2012, a expectativa para a Selic segue em 10,50% ao ano. Atualmente, a taxa
básica está em 12% ao ano. A próxima reunião do COPOM do BC, que define a
Selic, será nos dias 18 e 19 deste mês, quando os analistas esperam que a Selic
seja reduzida para 11,5% ao ano.
A estimativa dos analistas para
os preços administrados segue em 5,80%, em 2011, e passou de 4,57% para 4,55%,
no próximo ano. Grosso modo, os preços administrados representam um pouco mais
que 50% da inflação anual. Logo, poderemos ter uma inflação, algo em torno de
11% em 2011.
Os preços administrados são aqueles cobrados por serviços monitorados, como
combustíveis, energia elétrica, telefonia, medicamentos, água, educação, saneamento,
transporte urbano coletivo, entre outros.
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